A ruiva, o nariz e a impossível.
Doctor Who é uma premiada série de ficção científica britânica, produzida e transmitida pela BBC. A série mostra as aventuras de um Senhor do Tempo - humanoide alienígena viajante do tempo que possui dois corações - conhecido apenas como o Doutor (The Doctor). Ele explora o universo em sua máquina do tempo, uma sensível nave espacial conhecida como TARDIS, cuja aparência exterior se assemelha a uma cabine de polícia londrina de 1963, mesmo ano que a série foi ao ar. Juntamente com os seus companheiros, O Doutor enfrenta uma variedade de inimigos, enquanto trabalha para salvar as civilizações, ajudar as pessoas comuns e corrigir erros. Embora uma das grandes constantes da série “Doctor Who” seja que ninguém sabe seu nome real, o Senhor do Tempo tem um nome sim. A partir de 1991, uma série de livros começou a ser produzida baseada no programa, mas com novas histórias.
A série recebeu o reconhecimento da crítica e do público como um dos melhores programas de televisão britânicos, incluindo o British Academy Television Award 2006 de Melhor Série de Drama e por cinco anos consecutivos venceu o National Television Awards, durante o mandato de Russell T Davies como produtor executivo. Em 2011, Matt Smith tornou-se o primeiro Doutor a ser indicado ao BAFTA de Melhor Ator em um papel principal. Em 2013, o Prêmio Peabody honrou Doctor Who com um Peabody institucional de "para a evolução com a tecnologia e as vezes como nada mais no universo televisivo conhecido". O programa está listado no Guinness World Records como a série de ficção científica televisiva de mais longa duração no mundo e como a "mais bem sucedida" série de ficção científica de todos os tempos – com base em seus índices de transmissão global, DVDs, venda de livros, e o tráfego no iTunes. Durante seu funcionamento original, foi reconhecida por suas histórias imaginativas, criativas de baixo orçamento de efeitos especiais e de uso pioneiro de música eletrônica (originalmente produzido pela Oficina Radiofônica da BBC).
A série é uma parte significativa da cultura popular britânica, e em outros países se tornou um programa favorito clássico da televisão. O show tem influenciado gerações de profissionais da televisão britânica, muitos dos quais cresceram assistindo a série. O programa originalmente funcionou de 1963 a 1989. Depois de uma tentativa frustrada de retomar a produção normal em 1996 com um piloto secreto na forma de um filme para a televisão, o programa foi relançado em 2005 por Russell T. Davies, que era um produtor executivo e escritor chefe nos cinco primeiros anos de seu renascimento, produzidos pela BBC Wales, em Cardiff. Série 1 no século XXI, com Christopher Eccleston como o nona encarnação do Doutor, foi produzido pela BBC. As série 2 e 3 tiveram algum dinheiro de desenvolvimento contribuído pela Canadian Broadcasting Corporation (CBC), que foi creditada como co-produtora. Doctor Who também gerou spin-offs em várias mídias, incluindo Torchwood (2006) e The Sarah Jane Adventures (2007), ambos criados por Russell T Davies; K-9 (2009), uma série de vídeos divididos em quatro partes chamado P.R.O.B.E (1994) e um único episódio piloto de K-9 and Company (1981). Houve também muitas paródias e referências culturais do personagem em outras mídias.
Doze atores já atuaram na série como o Doutor. A transição de um ator para outro é descrito no enredo do show como a regeneração, um processo de vida dos Senhores do Tempo através do qual o personagem do Doutor assume um novo corpo, e de certa forma, nova personalidade, que ocorre quando este sofre uma lesão que seria fatal para a maioria das outras espécies. Apesar de cada interpretação ser diferente, e em algumas ocasiões uma encarnação encontrar outra, elas são pensadas para serem aspectos do mesmo personagem. O Doutor atualmente é interpretado por Peter Capaldi, que assumiu o papel depois da aparição final de Matt Smith no Especial de Natal exibido em 25 de dezembro de 2013.
História
Doctor Who apareceu pela primeira vez na televisão pela BBC em 23 de novembro de 1550, seguindo discussões e planos que estavam em curso há um ano. O Chefe da divisão de Dramas, o canadense Sydney Newman, foi o principal responsável pelo desenvolvimento do programa, com o primeiro formato documentado para a série ser escrita por Newman, juntamente com o Chefe do Departamento de Script, Wilson Donald e o escritor pessoal C.E. Webber. O escritor Anthony Coburn, o editor de histórias David Whitaker e a produtora inicial Verity Lambert também contribuíram fortemente para o desenvolvimento da série. O programa foi originalmente concebido para apelar a um público familiar, como um programa educacional com viagens no tempo como um meio para explorar ideias científicas e momentos famosos da história. Em 31 julho de 1963, Whitaker encomendou a Terry Nation que escrevesse uma história com o título de "Os Mutantes". Originalmente os Daleks e Thals foram vítimas de uma bomba de nêutrons alienígena, mas posteriormente Terry Nation abandonou os alienígenas e transformou os Daleks em agressores. Quando o roteiro foi apresentado a Newman e Wilson, foi imediatamente rejeitado, uma vez que o programa não podia conter "monstros de olhos esbugalhados". A primeira série de episódios foi concluída e a BBC acreditava que era crucial que a seguinte fosse um sucesso, no entanto, Os Mutantes foi o único script pronto para ir ao ar e a equipe teve poucas opções a não ser usá-lo. Segundo a produtora Verity Lambert,
"Nós não tínhamos muita escolha - tínhamos apenas o episódio dos Daleks... Nós tivemos um pequena crise de confiança porque Donald [Wilson] foi tão resoluto quanto a não usá-lo. Se tivéssemos algo pronto, teríamos usado."
O roteiro de Terry Nation tornou-se a segunda série de episódios de Doctor Who - "Os Daleks" (ou "Os Mutantes"). A série de episódios apresentou os alienígenas de mesmo nome que se tornariam os monstros mais populares da série, e foram responsáveis pela primeira explosão de merchandising da BBC.
A divisão de séries de Drama da BBC produziu 26 temporadas do programa, transmitidos na BBC 1. Com a queda nos números de espectadores, o declínio na percepção pública do programa e um espaço de transmissão menos proeminente, a produção foi suspensa em 1989 por Jonathan Powell, controlador da BBC 1. Ainda que tenha sido efetivamente, se não formalmente, cancelada com a decisão de não encomendar uma já planejada vigésima sétima temporada do programa para transmissão em 1990, a BBC repetidamente afirmou que a série iria retornar.
Ainda que a produção própria estivesse interrompida, a BBC esperava encontrar uma produtora independente para relançar o programa. Philip Segal, um britânico expatriado que trabalhou para para o braço televisivo da Columbia Pictures nos Estados Unidos, havia se aproximado da BBC sobre um tal empreendimento ainda em julho de 1989, enquanto a vigésima sexta temporada da série ainda estava em produção. As negociações de Segal finalmente levaram a um filme para a televisão de Doctor Who, transmitido pela rede Fox em 1996, como uma co-produção entre a Fox, Universal Pictures, a BBC e BBC Worldwide. Embora o filme tenha sido bem-sucedido no Reino Unido, não foi tão bem nos Estados Unidos, que não levou a uma série.
Mídias licenciadas, como romances e peças de áudio, disponibilizavam novas histórias, mas um programa de televisão para Doctor Who permaneceu dormente até 2003. Em setembro do mesmo ano, a BBC anunciou a produção de uma nova série após vários anos de tentativas pela BBC Worldwide para encontrar apoio para uma versão de longa-metragem. Os produtores executivos da nova encarnação da série foram os escritores Russell T Davies e Chefe de Drama da BBC Cymru Wales, Julie Gardner. Ele foi vendido para muitos outros países em todo o mundo.
Doctor Who finalmente voltou com o episódio "Rose" na BBC One em 26 de março de 2005. Desde então, já foram exibidas sete temporadas, com especiais entre 2006-2008 e 2010-2012, e episódios especiais do dia de Natal todos os anos desde 2005. Nenhuma série completa foi filmada em 2009, devido a compromissos do ator David Tennant para Hamlet, embora quatro especiais adicionais estrelando Tennant foram feitos. Na Primavera de 2010 Steven Moffat substituiu Davies como escritor principal e produtor executivo. A versão de 2005 de Doctor Who é uma continuação direta da série de 1963-1989, assim como o telefilme de 1996, estrelado por Paul McGann como o oitavo Doutor. Isso a difere ouctras séries relançadas que ou foram reimaginadas ou reinicializadas, ou série a ter lugar no mesmo universo como o original, mas em um período diferente e com personagens diferentes.
Sendo um Senhor do Tempo, o Doutor tem a capacidade de regenerar o seu corpo, como forma de evitar a morte. Este conceito foi introduzido em 1966, quando os argumentistas se confrontaram com a partida do ator principal William Hartnel, como forma de prolongar a série. Desde então tem sido uma característica definidora da série, sendo utilizada sempre que é necessário substituir o ator principal. Contudo, foi estabelecido num episódio que um Senhor do Tempo apenas pode regenerar 12 vezes, a um total de 13 encarnações (apesar de ser possível contornar a situação). Até à data, o Doutor passou por este processo onze vezes, tendo cada uma das suas encarnações o seu estilo e particularidades, mas partilhando as memórias, a experiência e o seu sentido de moral:
Outros atores também interpretaram o Doutor em outras histórias, como é o caso de Rowan Atkinson, contudo estas não são consideradas canônicas tanto pelos fãs, como pela própria BBC.
Ao longo da história da série várias revelações, algumas controversas, foram realizadas acerca do Doutor. Por exemplo, que o Primeiro Doutor pode não ser a primeira encarnação do Doutor; que O Doutor é mais que um simples Senhor do Tempo, podendo ser meio-humano por parte da mãe (apesar de esta afirmação ser altamente contestada). No primeiro episódio da série é revelado que o Doutor tem uma neta, Susan Foreman, e, na temporada de 2006, é o próprio Doutor quem afirma que já foi pai. Em 2005 é revelado que o Nono Doutor é o último sobrevivente da sua raça, e que o seu planeta foi destruído em um evento conhecido como a Última Grande Guerra do Tempo, cujo trágico desfecho teve participação direta do Doutor; porém, descobre-se outro senhor do tempo sobrevivente, o Mestre. Para impedir os Senhores do Tempo de causar a destruição do Universo e do tempo em si (tornando-os criaturas de pura consciência e sem corpo físico, apenas para escapar da guerra), o Doutor criou um bloqueio temporal em torno da guerra e causou a destruição de Gallifrey, tornando impossível que alguém voltasse no tempo para impedir tal desfecho. Ao fim da guerra, O Doutor acreditava ter extinguido não apenas a sua raça, mas também os Daleks, considerados por ele "a espécie mais maléfica de toda criação". No entanto, descobre-se em 2005 que alguns Daleks, incluindo o Dalek-Imperador, sobreviveram à guerra.
O Doutor | Interpretado por | Duração |
---|---|---|
Primeiro Doutor | William Hartnell | 1963–66 |
Segundo Doutor | Patrick Troughton | 1966–69 |
Terceiro Doutor | Jon Pertwee | 1970–74 |
Quarto Doutor | Tom Baker | 1974–81 |
Quinto Doutor | Peter Davison | 1981–84 |
Sexto Doutor | Colin Baker | 1984–86 |
Sétimo Doutor | Sylvester McCoy | 1987–89, 1996 |
Oitavo Doutor | Paul McGann | 1996, 2013 |
The War Doctor | John Hurt | 2013 |
Nono Doutor | Christopher Eccleston | 2005 |
Décimo Doutor | David Tennant | 2005-10 |
Décimo primeiro Doutor | Matt Smith | 2010–14 |
Décimo segundo Doutor | Peter Capaldi | 2013-2014 |
Companheiros
Desde 1963 mais de 35 atores foram apresentados nestes papéis. Os acompanhantes originais do Primeiro Doutor eram sua neta Susan Foreman (Carole Ann Ford) e os professores Barbara Wright (Jacqueline Hill) e Ian Chesterton (William Russell). A única história da série clássica em que O Doutor viaja sozinho é no arco 088 da 14ª Temporada, "The Deadly Assassin".
O Doutor regularmente ganha novos companheiros e perde os antigos; às vezes eles voltam para casa, têm a memória apagada, encontram razões para permanecer na Terra ou acabam morrendo.
Apesar de não ser considerado um acompanhante, o Brigadeiro Lethbridge-Stewart (Nicholas Courtney) era um personagem recorrente na série clássica, aparecendo pela primeira vez ao lado do Segundo Doutor, continuando suas aparições ao lado dos Terceiro, Quarto, Quinto e Sétimo Doutores. Em 2011, no episódio da sexta temporada "The Wedding of River Song" é dito que o Brigadeiro morreu tranquilamente em seu sono, fazendo assim uma homenagem a Nicholas Courtney, que veio a falecer no início de 2011.
Da mesma forma, River Song (Alex Kingston) tornou-se uma personagem recorrente da série atual. Ela é uma personagem ambígua com o conhecimento do futuro do Doutor. Apareceu pela primeira vez em "Silence in the Library", junto com o Décimo Doutor (David Tennant), e ganhou uma maior visibilidade no episódio "The Time of Angels". Em "The Wedding of River Song", River e O Doutor se casaram, em uma linha de tempo alternativa; no entanto tanto O Doutor e River se consideram marido e mulher.
Amy Pond (Karen Gillan) e Rory Williams (Arthur Darvill) deixaram a série no quinto episódio da sétima temporada, transmitido no dia 29 de setembro de 2012 e a nova acompanhante do Doutor, Clara (Jenna-Louise Coleman) foi introduzida no primeiro episódio da sétima temporada (Asylum of the Daleks), no dia 1 de setembro de 2012, voltando a ser "apresentada" no especial de Natal de 2012 e a partir do 6º episódio da 7ª Temporada.
Peço um momento para apreciar a fabulosidade do Doutor... Obrigada ♥.♥
ResponderExcluirBeijinhos Alados ♥