Se tem uma coisa que eu detesto fazer é arrumar meu guarda-roupa. Considero uma tarefa um tanto desnecessária, uma vez que eu tenho a certeza absoluta que vou torná-lo a bagunçar. Mas uma vez ou outra, o milagre de eu arrumar acontece. E isso foi na semana passada.
Mas óh, deixei o negócio brilhando de tão limpo que ficou! Minha mãe teria orgulho de mim, rsrs.
E no meio de tanta poeira e roupa que eu decidi colocar para doação, comparei meu guarda-roupa com a minha vida. Ou melhor, com a vida em geral. Dizemos que está tudo bem deixar a vida no emaranhado que está, talvez por medo de não conseguir arrumar a bagunça ou talvez pelo medo de piorar a situação.
Mas a verdade é que por mais que você adie essa limpeza geral, uma hora ela terá que acontecer.
Não sei quanto a você, mas existem certos objetos dos quais tenho extrema dificuldade de me desfazer. E não foi diferente naquele dia. Me deparei com inúmeras peças de roupas que usei em momentos legais e tive medo de que ao doar, essas lembranças fossem junto com elas. Isso soou até um pouco bobo fora da minha cabeça, mas sei que você também pensa assim.
É difícil, eu sei. A gente acaba fingindo que aquela jeans velha e surrada ainda cabe na gente. Mas não. Tá na hora de tirar isso daí. Quem sabe não está na hora de organizar aquela gaveta de blusas? Ou de dobrar melhor seus casacos para que você consiga fechar direito a porta?
Depois de mais de duas horas arrumando o meu guarda-roupa, me desfiz de uma sacola cheinha de roupas e de um sapato. E de duas sacolas de coisas para jogar fora (como papéis e caixinhas). Organizei até as minhas bijus. Pra mim foi uma evolução! o/ E quer saber? Agora tenho muito mais espaço para guardar coisas novas.
Com a vida é a mesma coisa. Algumas coisas precisam estar mais arrumadas, como nossos relacionamentos e principalmente, a família. O que precisamos jogar fora talvez seja aquela pontinha de mágoa que sentimos por alguém que nos machucou faz tempo. Ou talvez abandonar certos hábitos que insistem em nos prender e nos impedem de seguir em frente.
Logo depois de ter concluído minha limpeza geral, me deparei com esse texto na internet:
"A gente finde que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça. Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que tá curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto. Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça." - Caio Fernando Abreu.
"..Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante.." - Filipenses 3.13
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