É meia-noite. A colina toda
escura, esconde as curvas da estrada onde apenas
se vê a silhueta das árvores e
a cabeça da colina.
O céu já escuro, fica ainda mais
escuro com seus raios de luz, faíscas
que em alguns segundos
iluminam a noite.
Começo a cair, devagarzinho, me
desprendo das nuvens.
Aos poucos vou aumentando a
intensidade em milhões de gotas molhando a terra,
escorrendo pelas
encostas, gotejando nas folhas verdes que balançam conforme o vento.
Mas, algo me chama a atenção. Lá
no fim da curva, um vulto preto
se confunde com a
escuridão.
Escorro pelas suas vestes, toda
preta, vejo um rosto cabisbaixo,s em
se importar
comigo molhando todo o seu ser.
Vejo os olhos com lágrimas que se confunde com as minhas gotas.
Só escuto poucas
palavras, em baixo tom, falando consigo mesmo
ou com Deus. Apenas ouço
frases incompletas.
“ Porque ela ....”
“ O que vai ser ...”
“ Oh, Deus,traga ela de volta,”
Heitor Tiegs
OBS: É meu pai que escreveu ;-)
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