05 setembro 2013

Bienal Online + Trecho de livro 8

Estamos chegando a reta final da Bienal Online, no oitavo dia você pode ler o primeiro capítulo do romance "O despertar da paixão", de Diéssica Nunes Sales.



CAPÍTULO 1

Nicole Rodrigues era estudante de psicologia e escritora. Residia na cidade de Juiz de Fora e tinha 18 anos.
Sempre fora sonhadora. Desde pequena sonhava em ser uma escritora reconhecida. E não ficava apenas no sonho. Ela havia escrito vários contos e pensamentos, além de um livro.
Gostava ler. Seu primeiro livro foi O Pequeno Príncipe. Logo que leu, surpreendeu seus pais, pedindo mais um livro de presente. Ganhou uma versão para crianças de Sonho de Uma Noite de Verão. Após lê-lo, pediu mais outro livro a seus pais.
Aos dez anos escreveu seu primeiro pensamento. Tímida, não mostrou para ninguém. Com o passar dos anos, acumulou pensamentos, poeminhas e contos. Porém, com quase quinze anos resolveu escrever seu primeiro romance.
Desmotivada com a falta de oportunidades para escritores brasileiros, Nicole abandonou temporariamente seu projeto; porém, sonhadora e lutadora como era, jamais deixaria um sonho morrer.
Amante de todo o tipo de arte, além de escrever, desenhava como ninguém, pintava quadros a óleo e ainda tocava violão. Além de todos estes dons, tinha outro que nunca pensara em utilizar profissionalmente: a sua belíssima voz.
Durante um tempo, fez parte de um grupo de teatro amador com mais quatro amigos. Ensaiavam trechos de novelas, peças ou filmes todos os sábados em seu apartamento. Com tanto amor à arte, envolveu-se com o mundo do teatro e da música. Passou a ir para o Rio de Janeiro todos os finais de semana para ver uma peça ou visitar os amigos que fizera.
Com essas viagens, conheceu muita gente, e uma dessas pessoas é a querida e talentosa atriz Ana Roumec.
Nicole e Ana se conheciam havia um ano. Apesar da distância, se comunicavam quase diariamente através de sms ou uma rede social.
Apesar de amar tanto a arte, também amava a ciência. E essa é a razão para que não estivesse em uma faculdade relacionada à arte. Nicole estava no 2º período de Psicologia. Até seus 17 anos, não sabia o que queria fazer. Pensava em Letras, já amava escrever. Mas sentia que ainda não era o que ela queria. Até que então, faltando pouco tempo para a inscrição no vestibular pensou em Psicologia.
Uma amiga, recém-formada no curso, foi uma das influências para que ela o escolhesse.
Após ler um pouco sobre Psicologia e conversar com sua amiga, Nicole se interessou mais pelo tema de grande abrangência. Têm-se da ciência mais pura que é a Neuropsicologia até a psicologia transcendental, aquela que estuda o espírito humano, e que nem é aceita pelo Conselho Federal de Psicologia.
Apesar de estar gostando demasiadamente do curso, ela não tinha ideia de que área seguir. Gostava um pouco de tudo: da neurociência, da psicologia comportamental e de algumas linhas psicanalíticas.
Ela era grande fã de um cantor chamado Fred Muniz. Seu maior sonho era conhecê-lo. Tinha, inclusive, um fã clube no twitter chamado @Fred_MeuTudo. Também era viciada em filmes e seriados.




Vitor Amaral era ator. Tinha 22 anos e residia no Rio de Janeiro. Trabalhava numa das maiores redes de televisão do país, e era o astro da última novela produzida por esta.
Lindo, gostoso, cheiroso, carismático, pegador eram alguns de seus adjetivos. Conhecido pelas fãs como “tchutchuco tudo de bom”, inicialmente, adorou todos os apelidos e assédios.
Era alto, moreno, tinha olhos castanhos, corpo malhado e espetacular.
Apesar do seu jeito popstar, Vitor fazia o que amava e não porque era bem pago e tinha todas as garotas aos seus pés.
Sempre amou o teatro e a música.
Aos doze anos, conseguiu convencer sua mãe de pô-lo em uma aula de teatro. Três anos depois também começou a cantar. Com isso, começou a fazer alguns shows com sua amiga Karina e seu amigo Gustavo.
Deixou o grupo de teatro aos dezoito anos, ficando então apenas nos palcos das casas de shows e bares do Rio de Janeiro. Até que aos vinte e um anos, a emissora que ele trabalhava o procurou após ver alguns vídeos dele na internet.
Vitor tinha vários videobooks num site de hospedagem de vídeos, com monólogos, diálogos e cenas das várias peças que apresentou ao longo dos anos.
Ao ser procurado pela emissora, aceitou de prontidão o papel principal na nova novela, deixando assim, os palcos.
Apesar de estar havia quase um ano longe dos palcos, nunca deixou de cantar e tocar. Quando não estava gravando, reunia-se na casa de seus amigos para fazer música. Compôs várias, porém nunca gravou nenhuma delas.
Nunca pensou em fazer nenhum curso de graduação, apesar de sua mãe, sempre dizer-lhe o quanto seria importante qualquer tipo de curso, inclusive na área artística, já que ele não pensava em sair da arte por nada, nem por falta de dinheiro. Porém, apesar de amar e respeitar muitíssimo a mãe, nunca lhe dera ouvidos, pelo menos não quanto a isso.
Um dos sonhos de Vitor era ver a arte se tornar mais valorizada no mundo. Ver as pessoas parassem de estigmatizá-la e marginalizá-la.
Sentia-se mal ao saber que as pessoas não a valorizam, e que pensavam que quem fazia arte não passava de um desocupado, vagabundo e drogado.
Não ligava para o que a pessoas pensavam dele, mas sim da arte. As pessoas não sabiam o que estavam perdendo, ele pensava. Afinal, a arte poderia ser tão mais do que uma simples cena ou uma simples música. “A arte transcende nossos seres”, ele dizia.



Um comentário:

  1. Vitor: pegador, "tchutchuco tudo de bom", gostoso cheiroso... acabei de idealizá-lo na minha cabeça.
    Ansiosa para lê-lo!!!
    Sucesso, Diéssica!

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