"O que você faria se não tivesse medo?"
Foi a frase que li hoje de manhã.
Era para eu ter me agarrado a ela, até porque mais tarde li outra assim "Seja forte e corajoso. Não temas e nem te assombres, porque o Senhor, Teu Deus, é contigo por onde andares". Mas deixei que meu medo falasse mais alto e me acomodei.
Quantas vezes você deixou de fazer alguma coisa por causa de um medo, uma vergonha, até uma preguiça? Sabia que você está perdendo tempo?
Hoje eu perdi tempo. Poderia ter telefonado e tirado uma dúvida que eu tinha, ao invés de mandar um e-mail. Sim, que coisa idiota, não é? Coisa tão pequena... Pois é, mas não me dou bem com telefones, vai entender?!
Agora de noite (no caso, ontem) parei pra refletir na bobeira que fiz. Custava telefonar? A pessoa que me atenderia nunca tinha me visto, que medo é esse de, sei lá, fazer feio, gaguejar, dar branco... Acontece! Ninguém é perfeito.
Já passou por isso?
Percebi que a gente deixa o medo nos nocautear por besteira, e isso leva da gente, além do tempo, a coragem que vamos precisar ter nas próximas lutas. Sempre que vier outras situações que nos tirarão do porto seguro, nós nos lembraremos que das vezes passadas não deu muito certo e isso vai nos deixar temerosos. Sei bem o que é isso porque sou medrosa e preciso vencer este gigante.
É preciso tomar atitude – eu preciso tomar atitude –, e parar de ver tempestade onde só há chuvisco. Tirar os "nãos" da frente, não ter medo do ridículo, se expor. Caramba, a gente tem uma vida só, por que perder tempo com medo de alguma coisa? Por que adiar uma felicidade? Por que não mudar? Por que fazer tudo do mesmo jeito, sem arriscar? Por que, por que, por que?
A gente deixa de realizar sonhos por causa dos nossos medos.
Quantos desejos, quantos projetos, quantas aspirações engavetadas nós temos?
Quais deles não foram realizados por falta de tempo? Talvez alguns.
Quais deles não foram realizados por serem loucos e ousados demais? Uns quatro ou cinco.
Quais não foram adiante por conta do medo? Quem sabe a maioria...
Tá na hora de você – eu – tirar os sonhos da gaveta e colocá-los dentro de um pote, como o da foto. Deixá-lo bem a vista, ao lado da cama ou em cima da mesa de trabalho. Vez ou outra, respirar fundo e tirar dali um desejo e determinar: Vou realizá-lo. E correr atrás.
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