01 dezembro 2012

Perception - What is real?

Não é de hoje que personagens excêntricos, com um toque de loucura e anormalidade, dão certo nas séries. House, por exemplo, durou oito longos anos e atraiu milhares de fãs e elogios no mundo todo. Sherlock Holmes, o patrono dos loucos, vem arrastando admiradores desde 1887, saltando dos livros para as telonas e telinhas, e sem previsão de fim para seu sucesso.

Some então esta loucura ao tino para assuntos policiais, e aí você obtém o louco-bom-moço. House não chegou a tanto, mas Bones, Castle e companhia estão aí para testemunhar que a fórmula dá certo. Querendo pegar carona neste sucesso, Kenneth Biller e Mike Sussman criaram Perception, que conta com seu louco particular, Dr. Daniel Pierce. Kenneth já roteirizou Smallville, então está acostumado com heróis, e ele e Mike têm no currículo Star Trek: Voyager e Legend of the Seeker, séries com muita asa para imaginação. Logo, Perception tem todos os ingredientes da receita.
O problema é que, ou você dá ao protagonista as pistas para que ele as decifre, ou deixa que ele imagine estas pistas. Infelizmente, Perception vai com a segunda opção, o que é um erro. Dá para acreditar nuuniverso da literatura, da TV e do cinema nós achamos que isto é crível. Mas ir além disso? Aí já é mágica ou a barra está sendo forçada demais.
Dr. Daniel Pierce, um neurocientista brilhante, autor de quatro livros, professor universitário superstar, ajuda sua ex-aluna e agente do FBI, Kate Moretti, a resolver casos que envolvem uma análise profunda da mente humana. Como ela prima pelos ensinamentos do professor, ela percebe quando há algo de mais nos seus casos e acaba indo um pouco além do que deveria, o que rende um rebaixamento de cargo para a moça.

Primeiro Episódio:

O Piloto começa bem com Daniel dando aula e com Kate pedindo a ajuda dele no caso de um assassinato que já está aparentemente resolvido. A partir daí, o exagero inerente à premissa começa a ser abafado com o exagero exagerado mesmo.
Como já começamos a comentar, a linha entre o “crível na TV” e o “mágico na TV” ficou meio embaçada. Daniel sofre de “esquizofrenia paranoica” e vive tendo alucinações. De repente, somos surpreendidos com as tais alucinações dando pistas – verdadeiras – para o caso. Verdadeiras! E em nenhum momento anterior alguma dica foi dada para que o “subconsciente” dele visse o detalhe que seu consciente não conseguia processar.
Segundo, era de se esperar, que houvesse reviravoltas e que a esposa não fosse a real assassina. Consequentemente, logo de cara Daniel percebe que ela tem “um distúrbio neurológico, caracterizado por amnésia anterógrada, extrema suscetividade à sugestão e confabulação”, ou seja, tudo o que dissessem que ela tinha feito, ela confirmaria que fez. Porém, as reviravoltas não pararam por aí. Tanta gente foi apontada como assassina, tantas teorias sobre o crime foram levantadas que até me perdi.
No final, é a alucinação de Pierce que o aponta para o assassino e ainda o aponta para outro crime relacionado, do nada. Isso vai muito além da alçada de um neurocientista, não importa o quão louco ele seja.
Fora isso, Eric McCormack dá conta da excentricidade de seu personagem com maestria. Ele vai esquizofrenia à fobia de pessoas sem problemas. Sua melhor amiga, Natalie Vincent, é sua conselheira e é quase tão inteligente quanto ele, mas não passa de imaginação. Rachael Leigh Cook, apesar da cara meiguinha, convence como agente do FBI e parceira de Daniel. Só espero que o relacionamento dos dois permaneça no nível parceria profissional e mestre-aprendiz, e não avance para outras coisas mais.
O alívio cômico ficou a cargo de Max Lewicki, o assistente do professor. Cabe à Max garantir que a rotina de Daniel seja cumprida, para que a loucura não tome conta dele, e também dizer a Pierce quando as pessoas ao seu redor não estiverem de fato ali.
Perception precisa ficar mais verossímil. Ela já conseguiu a façanha de usar uma fórmula batida sem muito desgaste, e de ter um ator que faça normalmente o papel de anormal 
Para terminar, vai aí uma interessante interrogação de Daniel, que discutia o que é a realidade: “Se o que percebemos é frequentemente errado Como saberemos o que é real e o que não é?”.

Episódios

1º Piloto (09 de julho de 2012)- O agente do FBI Kate Moretti recruta seu ex-professor Dr. Daniel Pierce para ajudar com um caso envolvendo a morte de um executivo farmacêutico. O que Kate não sabe é que Daniel tem esquizofrenia, e suas alucinações associados poderia atrapalhar ou ajudar o caso.


2º Faces (16 de julho de 2012)- O FBI investigar um caso envolvendo a morte de uma noiva por correspondência cujo marido tem uma condição médica grave que o torna incapaz de reconhecer rostos. Kate chama a atenção de um novo professor, que não recebe a recepção mais calorosa de Daniel.


3º 86'd (23 julho de 2012)- O FBI investigar um caso que envolve o recapeamento do "Date Night" assassino, um assassino em série a partir de 1986. Ao atravessar as pistas, Kate e Daniel são levados a uma mulher chamada Lacey, que escapou do ataque assassinos e depois de um surto psicótico ainda acredita que é de 1986. Enquanto isso, Lewicki discorda Kate constantemente vindo a Daniel para ajudar a resolver crimes.

4º Cipher (30 de julho de 2012)- Daniel se depara com uma cifra saiu no jornal que aludem a um futuro conjunto de crimes. Lewicki entra em greve devido ao comportamento de Daniel.

5º O Mensageiro (06 de agosto de 2012)- Daniel e Kate investigam o caso de jovem cuja morte os leva a um culto, que são liderados por um menino chamado Kyle, que acredita que ele poderia falar com Deus. Eles devem, então, determinar se sua morte foi causada por seu vício em drogas ou o se algo aconteceu no culto. Enquanto isso, Daniel recebe um prêmio da universidade.


6º Lovesick (20 de agosto de 2012)- Daniel ajuda a Kate investigar a morte de um terapeuta que foi descoberto como uma tentativa de ajudar a "curar" seus pacientes de sua homossexualidade. Enquanto isso, Daniel assiste a uma festa beneficente que está sendo realizada por Dean Haley.

7º Nemesis (27 agosto de 2012)- Enquanto investiga o caso de um esquizofrênico que é alvo de um juiz, Kate Daniels aprende sobre a esquizofrenia não-medicamentoso própria.


8º Kilimanjaro (03 de setembro de 2012)- Kate e Daniel investigam o caso de uma jovem que foi morto em seu quarto do dormitório, o que faz com que Daniel a revisitar algumas das verdades de seu passado.


9º Sombra (10 de setembro de 2012)- Fim de semana de Daniel se complica quando ele presencia o assassinato de um jovem alegando uma conspiração envolvendo grandes empresas e políticos de Chicago. No entanto, o conspiricy poderia ser real ou parte da esquizofrenia de Daniel em que toma um rumo dramático devido à sua recusa em tomar a medicação.


10º Luz (17 setembro de 2012)- Depois que Daniel se compromete a uma ala psiquiátrica , Kate diz a ele que um vídeo que o homem misterioso tarde jovem (que foi pensado para ser imaginário) apareceu online. Enquanto na ala psiquiátrica, Daniel encontra seu novo psiquiatra Dra. Caroline Newsome, uma mulher que ele caiu em uma festa de faculdade, e de quem ele baseou seu amigo imaginário Natalie.




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